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Quem teve um rádio transistorizado antigo como os Spica e outros da mesma época, ou mesmo um rádio top de linha para ondas curtas como o Transglobe da Philco pode estar até hoje se perguntando o porquê eles serem melhores do que a maioria dos rádios atuais. O que eles tinham de diferente? O que os fazia melhor, além do esmero da construção e cuidados com a escolha dos componentes usados. Os receptores dessa época eram super-heteródinos com diversas etapas de amplificação de FI. Esse tipo de configuração, com componentes de qualidade, resulta numa excelente sensibilidade e seletividade. Um dos segredos está no alto Q das bobinas de FI e das bobinas de sintonia. Os aparelhos de diversas faixas usavam monoblocos em que as bobinas em muitos casos eram feitas de fio Litz. Esses fios múltiplos com capa de tecido reduzem o efeito pelicular e além disso muitas tinham enrolamentos cruzados (honeycomb ou ninhp de abelha) que reduzindo a capacitância melhoravam o desempenho da bobina. Enfim, uso de componentes de qualidade com as melhores tecnologias da época resultava no excelente desempenho. Hoje, o que temos são circuitos integrados que reduzem as possibilidades dos recursos de maior seletividade como menor número de bobinas externas e etapas de amplificação direta e daí os pobres resultados de muitos desses receptores de baixo custo.